WaterAid apela as pessoas a desafiarem o estigma adoptando uma linguagem mais clara sobre menstruação

No dia Mundial de Gestão de Higiene Menstrual, a WaterAid apela as pessoas a desafiarem o estigma e adoptarem uma linguagem clara e adequada sobre a menstruação.
Sob o lema Não deixar nenhuma rapariga para trás – acção para educação sobre a higiene menstrual, celebrou-se, a 28 de Maio, o Dia Mundial de Gestão de Higiene Menstrual (GHM). A data foi instituída como forma de sensibilizar a sociedade, a nível global, sobre a importância duma boa gestão de higiene menstrual, promovendo o acesso à informação e elevando a consciência das raparigas sobre a menstruação. Em Moçambique, a cerimónia central teve lugar na Escola Primária Completa 25 de Junho, na localidade de Lua-lua, no Distrito de Mopeia, Província de Zambézia, onde foram inaugurados 2 blocos sanitários inclusivos e adaptados à gestão de higiene menstrual.
Na Província de Maputo, a WaterAid juntou-se aos esforços de outras duas organizações, nomeadamente, a Be Girl e a Could You, e em parceria com o Governo de Moçambique, atravês dos Serviços Distritais de Educação, Juventude e Tecnologia, organizaram as cerimónias na Escola Primária Completa de Mabanja, no Distrito de Boane. As actividades nesta escola incluíram palestras, jogos de futebol, actuação de artistas conceituados e exposição de materiais para a gestão da higiene menstrual.
Na EPC de Mabanja há um núcleo já enraizado ligado à gestão de higiene menstrual. Composto por 30 alunos, este núcleo é mais conhecido pela sua especialização e dedicação na produção de pensos menstruais sustentáveis. Porém, a professora Pinóia Anselmo, que lidera o núcleo está determinada a incorporar a componente teórica da menstruação. Para isso, diz que sessões serão organizadas para introduzir conceitos, as fases e implicações do ciclo menstrual.
Desde 2015 que a WaterAid Moçambique tem implementado, com algum sucesso, as intervenções sobre Higiene Menstrual em 14 escolas, sendo 7 em Boane, 3 em Memba e 4 em Mossuril. As intervenções incluem, nomeadamente, a criação e formação de clubes de saúde escolar para quebrar mitos sobre menstruação, disseminação de conhecimento sobre boas práticas de gestão de higiene menstrual, desenvolvimento de ferramentas simples de comunicação (vídeos animados e brochuras sobre a primeira menstruação, parcerias com a imprensa para advocar sobre higiene menstrual, organização e formação de professores, organizações comunitárias de base e fóruns com actores chave para discutir os desafios e oportunidades em torno volta dos direitos das raparigas em relação ao tema.